quarta-feira, 19 de julho de 2017

Técnicas de douramento



Medalha comemorativa do casamento do rei D. Pedro V com D. Estefânia(1858)


Desejando comemorar o consórcio, o monarca encomendou a gravação desta medalha ao escultor Leopold Wiener, da qual se cunharam em Bruxelas, muitos exemplares em cobre, prata e vermeil (prata dourada). Lopes Fernandes e Teixeira Aragão indicam também a existência de exemplares em ouro, facto que não podemos confirmar, mas que julgamos ser erro, atendendo à lista de distribuição das peças, descrita por Arthur Lamas.
Anverso: D. PEDRO V REI DE PORTUGAL E DOS ALGARVES – D. STEPHANIA RAINHA DE PORTUGAL E DOS ALGARVES. Ao centro, busto conjunto de D. Pedro V, este em primeiro plano, e de D. Estefânia, com coroa de flores de laranjeira, voltados à esquerda. No enxergo a assinatura do escultor, LEOPOLD WIENER BRUXELLES.
Reverso: À esquerda está D. Pedro, de pé, fardado de generalíssimo e com manto, em frente a um trono. Na mão esquerda segura a coroa portuguesa e com a mão direita “cede” o trono à nova rainha. A rainha D. Estefânia, vestida de noiva, está à direita, sobre a proa de uma galeota, que tem na frente um pequeno anjo que segura dois escudos ovais com as armas de Portugal e de Hohenzollern. Atrás da rainha está Himeneu, representado por um jovem alado e com coroa de flores, que ergue uma tocha com a mão esquerda. Separado por friso horizontal, a data 29 ABRIL 1859 e por baixo a assinatura, L. WIENER.

Metal: Prata, Ø 75mm, 177.5gr.

Fotografia: Cortesia da leiloeira Auktionen Münzhandlung Sonntag. Lote 322 do leilão n.º 22 – 30 de Novembro a 1 de Dezembro 2015. 
O dourado a vermeil é uma camada de ouro na prata de lei folheada. O processo inicial originou-se na França, por volta de 1750. Essa técnica foi primeiramente chamada de douramento a fogo. Os ourives aplicavam mercúrio e ouro à prata e expunham o metal a calor extremo. O calor permitia que o mercúrio evaporasse e a camada de ouro aderisse à prata. No entanto, os vapores de mercúrio faziam muitos artesãos ficarem cegos. A França tornou esse processo ilegal, nos anos 1800. O processo de douramento moderno é em geral criado através um processo electrolítico, que é menos prejudicial do que a douração a fogo e produz um resultado semelhante, mas menos dourador. Para que uma peça seja classificada como douramento a vermeil e não como folheada a ouro, ela precisa atender a certas exigências. A base precisa ser de prata de lei e não pode ter camada de nenhum outro metal antes de ser aplicada a camada de ouro. Para se folhear a ouro é preciso ter pelo menos 10 quilates desse metal e pelo menos 2,5 mícron de espessura.

Catálogo Jewels Of Portugal The S.J. Phillips Collection


Catalogo disponível aqui:

A coleção de joalharia portuguesa dos séculos XVII e XVIII, foi reunida ao longo de vários anos por uma casa de antiguidades inglesa. A coleção de joalharia pode ser observada em Portugal, mas só pode ser comprada em Londres, e será leiloada ainda este ano. Veja a reportagem da SIC




terça-feira, 4 de julho de 2017

ICA- International Colored Gemstone Association.

Mais uma excelente revista do ICA- International Colored Gemstone Association. 
http://gemstone.org/incolor/Incolor35/index.html#1


Oficinas de Verão

A filigrana uma arte "tão portuguesa" que tem persistido ao longo dos anos. É uma técnica de ourivesaria milenar que no dizer dos filigraneiros assenta num fio fino, que se enrola, se enrosca ou se encrespa. O CINDOR tem vindo a desenvolver projectos ligados à rota da Filigrana e desta vez criou um projecto ATL, que dá apoio ao tempo livre dos seus filhos, permitindo que passem pela experiência de criar um "coração de filigrana", deixando-os mais enriquecidos. 

Duração: 5 dias
Custo: 60€ com almoço incluído 
Inscrição: luisa.godinho@cindor.pt